Exercer jornalismo num jornal ou rádio locais tem destas coisas.
Tão depressa acompanhamos e entrevistamos o Primeiro-Ministro ou o Presidente da Republica, como fazemos uma simples reportagem junto de crianças que em nada ficam a dever aos primeiros. É por isto que o jornalismo feito nos meios mais pequenos é tão rico. Não nos especializamos em politica nacional ou economia.
Limitamos-nos a ouvir as pessoas, a falar com elas e a saber dos seus receios ou alegrias.
Foi por isso com agrado que acompanhei perto de duas dezenas de crianças da Fundação CEBI de Alverca nas comemorações do Dia da Terra. Algo muito mais enraizado nestes jovens do que em alguns adultos e muitos com responsabilidades acrescidas no país.
Desprendidas de quaisquer preconceitos, estas crianças não se inibiram de fazer perguntas e de sujarem as mãos na terra, ou de simplesmente assistirem com um sorriso ao que os mais velhos faziam. Estas sim foi uma boa forma de comemorar o Dia da Terra. Sem preconceitos, desinibidos e sobretudo de forma sincera, algo que vai faltando hoje em dia.
2 comentários:
"Limitamos-nos a ouvir as pessoas, a falar com elas e a saber dos seus receios ou alegrias."
Não seria má a idéia de ouvir as pessoas sobre o atendimento no centro de saúde e nos postos médicos do concelho.
Publicitar o resultado seria confrontar os políticos com a realidade diária da população.
Parece que neste país aquilo de que não se fala não existe.
Podia comecar por si.
De que se queixa?
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