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Um grupo de antigos funcionários da antiga da Opel de Azambuja está preocupado com um pinheiro que existe nos terrenos da antiga fábrica.
O pinheiro que foi tantas vezes confidente e único ouvinte dos desabafos dos trabalhadores, assumiu nos últimos anos um papel mais relevante sobretudo quando o desfecho da Opel já estava mais evidente.
Foi debaixo daquela árvore que os trabalhadores da Opel reuniram, decidiram, desabafaram e muitas vezes choraram mágoas e por isso assume um papel mais afectivo junto de todos que sabem da sua importância e simbolismo.
Ora, da antiga Opel, apenas restam os portões, as vedações o Pinheiro, que está a morrer.
Mas mais que um confidente, o velho pinheiro é também um cofre, já que perto de si, tem enterrada uma cápsula “com o registo das coisas importantes da fábrica, que gostaríamos de ver no museu com o seu conteúdo exposto” segundo refere Armando Martins, antigo trabalhador da Opel.
Na rede social facebook na Internet, já foi criado um grupo de antigos trabalhadores, que de resto se têm mostrado preocupados com a morte da árvore.
Entre os vários comentários, os antigos trabalhadores expressam a sua preocupação pela morte do pinheiro e a necessidade de recuperar a cápsula ali enterrada e que tem um valor sentimental para milhares de trabalhadores.
Esta cápsula terá, segundo apurámos junto de uma das antigas funcionárias no seu perfil no facebook, os planos e plantas da fábrica inicial.
Esta foi umas formas simbólicas de assinalar na altura, já lá vão cinquenta anos, a inauguração da Opel.
Agora os ex-trabalhadores querem recuperar a cápsula e o pinheiro, se possível através de uma petição que será lançada na Internet.
Os trabalhadores defendem que a cápsula deverá ficar exposta no Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque em Azambuja.
A Opel Azambuja encerrou em Dezembro de 2006 atirando para o desemprego cerca de 1500 trabalhadores.
Ainda hoje a Câmara de Azambuja aguarda pela devolução de verbas resultantes de incentivos fiscais dados á empresa que entretanto fechou
