quarta-feira, 19 de maio de 2010

Paulo Caldas aguarda medidas de coação em casa


O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas, foi detido ontem por posse de arma ilegal, o autarca foi julgado sumariamente no tribunal do Cartaxo e aguarda agora em casa a aplicação de uma eventual medida de coacção, disse à Lusa fonte ligada à família do autarca.
Segundo apuramos a arma entretanto apreendida resultou de uma herança de um familiar.
O vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo Paulo Varanda, confirmou a realização de buscas da PJ nos gabinetes e nas residências do presidente da autarquia e dos vereadores do mandato anterior.
O vice-presidente disse desconhecer o teor das buscas, não confirmando qualquer ligação a alegado financiamento partidário.
Antes PJ esteve nas residências tanto de Paulo Caldas como dos ex vereadores Francisco Casimiro, Rute Ouro e Pedro Ribeiro, “todos eles relacionados com processos de obras, públicas e particulares”.
Em Fevereiro de 2009, numa outra investigação da PJ, Paulo Caldas foi constituído arguido num processo relacionado com a realização de obras ilegais nos terrenos onde se encontra a Casa das Peles

O Comunicado de Paulo Caldas

1. Como aconteceu nas buscas de hoje, continuará a ser prestada toda a colaboração às autoridades na investigação em curso, em cuja conclusão sou o principal interessado – certamente como são todos os outros envolvidos na mesma –, pois quanto mais depressa a mesma for concluída mais depressa poderão ser esclarecidas e concluídas quaisquer suspeitas que possam existir.

2. As buscas, como é sabido, são meios legais de investigação, e são apenas isso, destinando-se a apurar se suspeitas que possam existir – e cujas fontes e causas podem ser as mais variadas – se confirmam ou não.

3. Sem prejuízo da total colaboração que prestarei, não deixarei também de exercer a minha defesa, e igualmente da instituição a cuja executivo presido, quer no processo, quer fora dele, e fá-lo-ei com toda a tranquilidade, mas também com toda a firmeza, não aceitando que se façam a partir destas buscas quaisquer extrapolações ou se tirem quaisquer conclusões abusivas, precipitadas, levianas ou maldosas.

4. Neste momento, entendo não dever prestar quaisquer declarações públicas para além destas, não só por respeito para com o processo e as autoridades de investigação, sendo o processo a sede própria para falar, mas também para não alimentar o ruído excessivo sobre este assunto, que espero que não perturbe, de nenhum modo, o caminho de êxito que o Município do Cartaxo vem trilhando.


Cartaxo, 18 de Maio de 2010
Paulo Caldas

3 comentários:

Carlos Moraes disse...

E vai mais um caso para ficar em águas de bacalhau.

Anónimo disse...

E onde é que estão os outros? Quando é que finalmente os políticos têm de justificar o património que adquiriram durante o tempo em que ocuparam cargos públicos?

Anónimo disse...

ho meu fala com o padrinho mefioso socrates e fica em nada, é o que tem acontecido neste triste país.