Escola Almeida Grandella de Tagarro com sinais visiveis de abandono |
Recuperada pelo executivo de Joaquim Ramos já lá vão quase oito anos, a escola Almeida Grandella de Tagarro está de novo encerrada e com sinais de abandono.
O processo da sua recuperação “foi controverso” conforme disse Joaquim Ramos na cerimónia de inauguração da nova sede da Junta de Freguesia de Alcoentre, mas só assim se conseguiu recuperar aquele edifício que estava degradado há muitos anos.
Joaquim Ramos explica que a concessão a privados com a obrigatoriedade de recuperar o edifício, foi a única forma para que aquele património não desaparecesse da memória colectiva.
O Edifício foi recuperado, por uma empresa que concordou em fazer ali a sua sede social e com direito de superfície por 99 anos.
Já em 2008, a mesma empresa chegou a colocar o edifício à venda na Internet, mas alertada para o facto, a Câmara de Azambuja conseguiu anular as intenções dos empresários, já que o contracto de concessão do direito de superfície não o permitia.
Perante possíveis dificuldades financeiras, a empresa terá abandonado posteriormente aquelas instalações, entretanto recuperadas.
O edifício da Escola Almeida Grandella de Tagarro está agora com visíveis sinais de abandono. Alguns populares garantem mesmo que há mais de um ano, não se vê ninguém da empresa que ali tinha a sua sede, aparecer pelas redondezas.
À volta do edifício, são visíveis as teias de aranha, sintomático que há muito tempo ninguém abre aqueles portões, assim como o mato que entretanto cresceu e secou, atingindo uma altura considerável, como se pode ver nas fotografias.
Questionado sobre este assunto, Francisco Morgado presidente da Junta de Alcoentre referiu que não tem conhecimento se a empresa ainda utiliza o espaço. Todavia o autarca de Alcoentre destaca que “já transmiti essa preocupação à câmara, sobre o estado em que se encontra actualmente. O que é pena sobretudo depois da recuperação dignificava bastante a nossa freguesia”.
Joaquim Ramos presidente da câmara de Azambuja diz desconhecer se a empresa utiliza actualmente aquele edifício. Esclarece no entanto que “passei por lá e de facto aquilo está com um ar um bocadinho desleixado”, mas refere que “tanto quanto sei, continua a funcionar lá a sede da empresa. E havemos de contactar o actual concessionário, no sentido de ver se ele mantém o espaço exterior mais arranjado”. Todavia o autarca refere que neste momento “não há nenhum motivo para que revertamos o direito de superfície”.
Mas se a parte relativa à recuperação, foi cumprida pela empresa, a ocupação é outra história.
Joaquim Ramos salienta que à câmara não interessa apenas a recuperação. O edifício deve ser utilizado “não nos interessa nada ter feito aquela concessão para que as instalações se voltem a degradar. Por isso temos de ver o que vamos fazer no que toca àquela matéria.
Outra das cláusulas do contracto de recuperação e concessão do espaço era a cedência à câmara de uma sala, que seria usada como posto de turismo, aproveitando a entrada Oeste no concelho de Azambuja, mas agora com o edifício aparentemente fechado poderia ser uma opção para o manter em actividade. Contudo Joaquim Ramos diz que ainda não é o momento, porque a câmara “tem grandes condicionantes à admissão de pessoal” e vinca que o objectivo seria mesmo um posto de turismo, mas refere também que “por enquanto não se justifica essa abertura”.
5 comentários:
Aqui está um imovel que tanto trabalho deu a legalizar e tanta polemica a sua reconstrução.
Será aplicar a Lei e o edificio passar para a posse do Municipio, com as devidas compensações ao construtor.
Parece que mais uma vez houve negligência na defesa dos interesses públicos,uma vez que o dinheiro dos contribuintes foi enterrado num elefante branco.
Não conhecendo as minúcias,não me vou alongar,mas não há um contrato? Não há obrigações? Não há responsáveis?
Quem liderou este dossier? Extraterrestres,intraterrestres,alguma entidade desencarnada?
Se assim foi,se é uma questão extra-sensorial,chamem uma bruxa.
Caso contrário,peça-se aos responsáveis que se justifiquem!
É para isso que parte dos enganados vota numa coisa etérea chamada oposição.
Karlos,espectador do descalabro.
"Parece que mais uma vez houve negligência na defesa dos interesses públicos,uma vez que o dinheiro dos contribuintes foi enterrado num elefante branco".
Caro inspector, importa dizer que o edificio em causa foi recuperado INTEIRAMENTE com dinheiros privados. O contracto previa a cedencia do espaço em direito de siuperficie por 99 anos. Já passaram 9, faltam 90, mas aqui a única coisa que correu mal foi a utilização do espaço, já que se acâmar tivesse ocupado a sala que lhe estava consignada no contracto não ficava sem acesso (sem chave) do edificio.
Houve na minha opinião, falta de fiscalização...resta saber quanto vai a camara pagar à empresa pelo espaço...
Carlos Abreu, Alcoentre
Não é contracto. É contrato. Não houve desperdício de dinheiros públicos pois quem recuperou a Escola foi a empresa que detém o direito de superfície. E a oposição é bastante mais etérea do que o Carlos Abreu de Alcoentre pensa.
Pita Santos
E a Chave?
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