quarta-feira, 12 de outubro de 2011

CORRIDA INAUGURAL - PRAÇA TOIROS ORTIGÃO COSTA

3 comentários:

Anónimo disse...

Este é o único assunto que mexe realmente com as pessoas desta terra... muito poucos ficam indiferentes. Trata-se de um assunto que adoça o apetite a qualquer político e a qualquer munícipe, já reparou quantas notícias foram publicadas em relação às Festas, Tauromaquia, Praça de Toiros, e assuntos similares nos diversos meios de comunicação social (jornais, blogues, tv, rádios, etc.), foram sem duvida dezenas… não se queira acabar ou enxovalhar as tradições que estão no DNA dos Azambujenses.

ATENTO disse...

VAMOS VER SE NOS ENTENDEMOS:
1º NINGUÉM COM BOM SENSO PRETENDE ACABAR OU ENXOVALHAR as tradições que estão no DNA dos Azambujenses.

2º O QUE FEZ muito poucos FICAREM indiferentes FOI O FACTO DO GASTO QUE A C.M.A. FEZ NESTA ALTURA

3º SEM POR EM CAUSA A CULTURA TAUROMÁQUICA, E O dna AZAMBUJENSE, FARIA MAIS SENTIDO O INVESTIMENTO NA REQUALIFICAÇÃO DAS PISCINAS.

4º NO MESMO DIA QUE A MAIORIA PS APROVOU PRAÇA DE TOUROS, FOI TAMBÉM APROVADA A CONSTRUÇÃO DO PARQUE DA MILHARIÇA EM AVEIRAS DE CIMA, MAS ESSE ESTA E ESTARÁ PARA CONSTRUIR.

5º A PROVAR QUE A DECISÃO NÃO E UNÂNIME DENTRO DO PS LEIAM A EDIÇÃO DO MIRANTE DA SEMANA PASSADA EM QUE UMA DEPUTADA MUNICIPAL DO PS ADMITE QUE ESTA NÃO ERA A ALTURA PARA A CONSTRUÇÃO

Sérgio disse...

Tauromaquia: de Identidade Cultural a Doença Municipal

A questão da identidade cultural de Azambuja também devia ser debatida um dia destes. Espero que os senhores que a defendem agora (para apoiar o desvio de verbas do concelho para as touradas) sejam capazes de se levantar com a mesma energia quando se pensar na realização de rodeios à brasileira nessa praça (foi o Sr. Presidente que sugeriu isso com uma grande dose de entusiasmo no debate na Antena 1 no ano passado).

Por outro lado, é estranho que, sendo então o concelho de Azambuja completamente incapaz de sobreviver ao golpe que seria o fim dos apoios à tauromaquia, se tenha escolhido a figura de um cavador para colocar na “Montra” desse mesmo concelho.

Mas deixemos a identidade cultural, para falarmos de necessidades concretas do concelho. Realizou-se no passado 15 de
Outubro uma corrida de touros “solidária”. Alguém me pode dizer quem vai receber estas verbas, e quanto se apurou?
Falo disto, porque sendo a praça propriedade da Câmara, suponho que a Câmara deve ter tido alguma preocupação na decisão de a organizar.
No entanto, temos de ver que a mesma Câmara Municipal que eventualmente pode passar a dizer que a praça serve para fins de solidariedade,
em 2010 não teve mais do que 350.000 euros (dados da reunião municipal de 15 Março 2011) para TODA a acção social no concelho: refeições nas escolas, apoios a IPSS, apoio a voluntariado, bolsas de estudo, etc; mas que, assim que recebeu os 600.000 euros comunitários correspondentes ao reembolso de investimentos feitos pela EMIA, não hesitou um segundo para pensar que a crise poderia requerer mais apoio social da autarquia, e foi logo construir uma praça de touros. Falta dizer que contrariamente à campanha de intoxicação informativa feita nos media pelos senhores do executivo Municipal, essas verbas poderiam ser aplicadas naquilo que se achasse melhor, e não forçosamente em construções, como esses senhores andaram a dizer (dados retirados da acta da Assembleia Municipal de 24 de Fevereiro de 2011).

Portanto, a fome combate-se com touradas; a falta de casa combate-se com touradas, as estradas arranjam-se com touradas; enfim, temos pelo menos o grande consolo de ver o nosso Presidente de Câmara reconhecido como “aficionadíssimo” nos sites tauromáquicos.

Voltemos à vida do dia-a-dia no concelho. Na Assembleia Municipal de 29 de Abril de 2011, o senhor Presidente da Câmara de Azambuja, quando questionado acerca da não conclusão das obras na Estrada Moita do Lobo/Manique do Intendente, disse o seguinte:
“A estrada Moita do Lobo/Manique do Intendente foi feita até onde houve verbas disponíveis de fundos comunitários.”; Pois, acabaram-se os fundos, acabou-se a obra.

Apesar de ter sido atribuída, à EMIA, a competência necessária para realizar essas obras, falta-lhe o dinheiro para as poder fazer, porque quando o teve, aplicou-o numa praça de touros. Na mesma sessão da Assembleia, no ponto referente à Aplicação dos Resultados Líquidos do Exercício, parece que há um reforço de 90.000 euros nos apoios, não às famílias carenciadas, aos Bombeiros ou à Cruz Vermelha Portuguesa, mas sim à Tauromaquia…

Um grande Olé para isto tudo!