domingo, 27 de maio de 2012

OPINIÃO - Daniel Claro - "Algumas notas contra a corrente: a Feira de Maio em Azambuja"

Daniel Claro
Enquanto lá fora decorrem as festividades, eu, bicho do mato, "politicamente incorrecto", estou sentado matutando nestas notas...! Não sou daqueles - e manifestei-o no lugar próprio - que a pretexto da crise defenderam o fim destas festividades. Não sou "aficionado" e tenho até por estas manifestações um distanciamento que é conhecido, mas entendo que pelo seu enraizamento sociológico, pelo ganho de auto estima que provocam numa população tão carente desse desiderato, pelo espaço de convívio e conversa (mesmo que seja à volta de uma "imperial"...) num tempo em que essas "proximidades", por razões variadas, caíram em desuso, se justifica o investimento da Câmara Municipal, desde que dentro dos limites que a prudência e o planeamento responsável aconselham...! Não deixo até de achar alguma piada quando, com a bonomia que a idade vai incutindo em mim, reparo nalguns aspirantes a "forças vivas" que se acotovelam atrás do Presidente da Câmara, num infantil saltitar para ficar no "boneco" porventura com a esperança naquele lugarzinho ainda por preencher em alguma lista de uma qualquer freguesia...! Já tenho contudo algumas dúvidas no tocante a algumas "engenharias financeiras" para tapar os buracos da festa que vou tendo conhecimento aqui e ali, mas isso em devido tempo e com o assentar da poeira levantada pela areia das ruas, esclarecerei junto dos responsáveis e no local próprio! Outra coisa porém e isso já cabe, muito a sério, nesta reflexão, é a minha posição desde sempre que o investimento feito na Feira de Maio (ou na Ávinho) tem de ser potenciado numa estratégia de aproveitamento dos milhares de pessoas que nos visitam, para encontrar formas de tornar a "festa" num pólo de desenvolvimento com reflexos ao longo do ano...! Há muitos anos que venho defendendo que um evento desta dimensão não pode ser organizado com três meses de antecedência, mas sim preparado nas suas diversas vertentes, lúdicas e de desenvolvimento local, a partir logo do mês de Setembro. Enquanto isto não for percebido pela Câmara Municipal continuaremos a ter uma "festarola de arromba", mas aquilo que os visitantes se lembrarão de Azambuja ao longo do ano será apenas a noite das sardinhas, da animação e pouco mais... é escasso para tanto potencial e investimento!!! Que ao cidadão comum estas preocupações não ocupem o espírito enquanto bebe uma "bejeca" eu até entendo, mas que os autarcas eleitos para gerir a "coisa pública" alinhem no mesmo facilitismo porque rende votos já roça a irresponsabilidade....!!!

8 comentários:

Anónimo disse...

Daniel,o PROFETA da DESGRAÇA,ao mais alto nível.

Anónimo disse...

Olá Daniel, por vezes estou nos antipodas do teu pensamento político, nas à semelhança do falecido Miguel Portas, mereces todo o meu respeito, pela coragem, frontalidade e coerência.
Abraço com amizade

Anónimo disse...

Congratulo o Sr. Daniel Claro pela clareza e frontalidade que nos tem habituado. Não partilho da sua visão política, mas compreendo a profundidade das suas afirmações, embora, reconheça que 'Homens' como ele fazem muita falta, em determinados círculos, como em Azambuja, por exemplo. Qualquer sociedade que não possua 'oposição' está doente e devotada ao fracasso. Azambuja necessita de um FORTE abanão, em termos políticos, para podermos por fim a esta paz podre. Por Favor, Sr. Claro, continue e com força.

RCO.

Anónimo disse...

Concordando com alguns factos que o Sr. Daniel Claro evidencia no seu texto, não posso deixar de lembrar que esta visão só ocorre quando a torneira fecha para alguns.
Esta mesma visão não é o reflexo do estado em que se encontra outros organismos que o Daniel Claro tem passado e que por vezes parece sofrer de “Alzheimer”.
Qual é a sua responsabilidade actualmente na ACISMA?
Nenhum certo!
Quantos sócios é que já pediram a sua rescisão?
Não quer dar a conhecer aos sócios quantos Euros é que ganhou com cada formação?
Alguns até sabem, mas enquanto se tapar com uma capa de santo continuará a não ter vergonha das coisas que diz da boca para fora.
Ainda aqui a uns dias ouvia falar acerca da sua pessoa e reparei que nada mudou, não pelo facto de a idade nos alcançar mas sim pela profecia que continua a pregar.
“se não fosse o Daniel estar na assembleia as verdades não eram ditas”
(A raposa pode mudar de pelo, mas não muda de gene)

Anónimo disse...

Coragem, frontalidade, coerência bla,bla bla……..
Algum dia que a verdade venha ao cimo, alguns tem que ir a pé a Fátima 2 vezes.
Uma por aquilo que enaltecem sobre um individuo calculista, hipócrita e malandro.
A segunda por não conseguirem assumir o apoio que deram a esta espécie.
O mal só triunfara enquanto os homens bons estiverem de braços cruzados.

Daniel Claro disse...

Perdoem-me eu não responder aos insultos mas sendo anónimos nem sequer os tomo como pessoais mas apenas como uma manifestação de liberdade.... No tocante ao anónimo das 23H13M quero dizer-lhe que também concordo consigo a ACISMA e eu cometemos erros de apreciação e organização que assumimos - até já escrevemos sobre eles - e que procuraremos corrigir e estamos a tentar... Quanto ao que digo sobre a Feira de Maio é a minha posição de sempre expressa nos lugares próprios e continuarei a expressá-la! No tocante aos "euros" aí não tenho qualquer dúvida em convidá-lo a si e a qualquer pessoa que quiser levar a juntar-se a mim e pedir todos os esclarecimentos e ver toda a documentação que entender porque até me conhece bem...

Anónimo disse...

Sabem dizer-me se este senhor está de acordo com alguma coisa.

Anónimo disse...

Olha o Daniel Claro também tem “gato escondido com o rabo de fora” na ACISMA, esta é uma expressão muito usada pelo senhor nas Assembleias Municipais.
Será que o senhor é responsável e outros são todos uma cambada de “matrecos”, quando eu digo os outros não são só os políticos, são as gentes do Concelho, o senhor julga que ninguém tem capacidade de organizar nada, pelo que se viu nesta edição de 2012 da Feira de Maio, mesmo com restrições financeiras, voltou a ser um sucesso, mas o senhor não é capaz de admitir.