sexta-feira, 19 de outubro de 2007

CHE foi Terrorista?



Os jornalistas espanhóis andam “malucos” com um editorial do jornal El País, que entre outros adjectivos, pondera a hipótese de Che Guevara ser considerado um terrorista.
Se assim for, a luz dos cubanos, dos latinos e até mesmo dos comunistas, mancha em certa medida essa reputação. Cuba, América Latina e a ideologia comunista rejeita (?) o terrorismo, político, mas não sindical.
A democracia do sistema foi tão boa que os jornalistas revoltaram-se e conseguiram um “espaço” no jornal para remediar aquilo que consideravam “um choque”.
Aqui em Espanha está a verdadeira lição para muitos patrões da comunicação social português. A RTP bem podia aprender com este exemplo, sobretudo depois das revelações de José Rodrigues Dos Santos, e deixar o pivot apresentar um programa contra o governo e repor a verdade ao apontar o dedo aos censores...



Os jornalistas do El País revoltaram-se contra a direcção do jornal.
Tudo por causa de um editorial - "Caudilho Che" - publicado dia 10 de Outubro, em que questionava a figura de
Che Guevara, chegando mesmo a dizer que pertence a "essa sinistra saga de heróis trágicos, presente ainda em alguns movimentos terroristas de diverso cunho, desde os nacionalistas aos jihadistas, que pretendem dissimular a condição de assassino debaixo da de mártir, prolongando o velho preconceito herdado do romantismo". Foi o choque geral.

As queixas dos leitores também não se fizeram esperar, pelo que Cebrián, administrador do grupo Prisa (que detém o El País), e Javier Moreno, director do referido diário, não tiveram outra alternativa que não fosse ceder espaço aos cerca de 230 jornalistas (dois terços da
redacção) que assinaram uma petição para publicarem um artigo contrário ao recente editorial. Com uma percentagem tão expressiva, o Estatuto Editorial do jornal determina que os jornalistas têm o direito de publicarem um "contra-editorial" em espaço tipográfico semelhante àquele que gerou o mal-estar. Segundo o Periodista Digital, o Conselho de Redacção escusa-se confirmar a revolta. Diz que se trata de um assunto interno.- P.B


IN JORNAL DE NOTICIAS

3 comentários:

Anónimo disse...

Este assunto é muito interessante,mas impossível de abordar em textos muito condensados.Por tal razão vou apenas lembrar que os arautos da liberdade de expressão,os heróis da luta contra o lápis azul de outrora são os submissos e os censores de hoje.
Trágico,ridículo?Um país sem jornalismo independente não goza de liberdade.
O que vemos?Acomodação,conformismo com o despotismo Socrático.Um povo abúlico,manobrado pelos orgãos de intoxicação social.
Forças subversivas perpassam a sociedade,com epicentro nos partidos políticos,na maçonaria,leis por encomenda,perda de direitos fundamentais,tábua rasa da Constituição da República,etc.
A História reza que a génese dos periodos mais brilhantes desta pequena-grande nação radicou sempre na grandeza das elites da época.Foram elas que tornaram fortes as fracas gentes.
Agora vivemos uma época de inversão de várias coisas...
Uma noite abateu-se sobre a nação.
Os patrões da imprensa discutem questões tribais.Querem aumentar a capitação das empresas.Podem os portugueses esperar mais desta gentalha?Apetece-me citar Gil Vicente,mas depois vem um alarve qualquer debitar uns insultos,então fico-me por aqui...

Anónimo disse...

"aqui posto de comndo das forças armadas"

Apela-se á comunidade da portuguesa uma reflexão sobre o estado da comunicação social em portugal.
As rádios estão nas mãos de pessoas que nada sabem do assunto, tipo construtores civis. Há donos de jornais que se rogam os melhores da região. Há espanhois a mandar nas televisões nacionais. Que caminho é que isto leva?
Hoje uma noticia espalha-se depressa. A internet, os jornais gratuitos e o diz que disse ainda são usados muitas vezes como fontes sérias...
E o que esperar dos blogues? O que se escreve será que é de levar a sério? será que de um blogue se consegue tirar uma noticia?

Anónimo disse...

necessario verificar:)