FMI, Como não podia deixar de ser...consolida, filho, consolida

Em Fevereiro de 1979, José Mário Branco escreveu "FMI" de uma só vez. Disse que ia mostrar "um pedaço da minha vida, um pedaço um pouco especial". E foi. Disse que os "ismos" naquela altura já não queriam dizer nada, numa altura em que Portugal ainda procurava ser livre.
No "FMI", ele purga Portugal de rajada. Uma música que ainda está actual.
Quem quiser ouvir, pela primeira vez ou para relembrar, basta procurar.

Uma amostra da letra em baixo:

(...) "Tu vais conversando, conversando, que ao menos agora pode-se falar, ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, ah? Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né?" (...)