terça-feira, 15 de julho de 2008

A GUERRA


Não é uma “guerra” nossa, mas as cenas vividas este fim-de-semana num bairro de Loures são preocupantes.
Ali está uma prova que muitos dos bairros, ditos, sociais não integraram as diversas famílias, colocando as diversas etnias em confronto.
Não interessa, no meu ver, de quem é a culpa, mas interessaria saber se alguma vez este tipo de situações foi pensado pelos diversos gabinetes de acção social das câmaras municipais.
Em Vila Franca de Xira, nomeadamente em Vialonga, os distúrbios já foram quase diários. Mas a comunidade, sobretudo escolar, uniu-se e integrou as crianças, os pais e os avós.
Ali o projecto, e a integração parece estar a funcionar em pleno. Porque não acontece noutros sítios?
Porque a comunidade olha de lado as minorias?
Porque existe uma carga negativa associada a ciganos e africanos?
Por outro lado, acredito que a maioria dos cidadãos olhe com desconfiança uma comunidade com lei próprias, que em muitos casos também não se quer integrar, a quem são dados benefícios extraordinários, como a atribuição do rendimento mínimo ou de casas cujas rendas são valores baixos.
Também é verdade que existem famílias que não pagam sequer valores como 15 ou 20 euros mensais de renda. Em Azambuja existem casos desses, que são acompanhados pelos serviços sociais.
Em tempos cheguei mesmo a fazer uma reportagem sobre uma família que já tinha acumulado um valor significativo de rendas em atraso e que não tinha modo de pagar. A ameaça de despejo chegou a estar eminente, confesso que passado quase um ano, não sabia como estava a situação. Mas um familiar acabou por me dizer que não tinha pago nada e que ainda habitava a casa na Quinta da Mina.
Ouvimos também o presidente da câmara de Loures a queixar-se que muitas das famílias envolvidas na rixa, não cumpriam as suas obrigações e que não iria ceder ás famílias, pois não era problema da câmara. Contudo as associações de defesa das minorias falaram mais alto e o autarca foi obrigado a ceder, sob pena de ser considerado xenófobo ou de perder as eleições.

20 comentários:

Anónimo disse...

Olá Miguel. Bom tema este e actual.
Nao tenho nada contra as etnias, mas parece-me que são tratadas com deferimento por causa disso mesmo. Se querem ser considerados, trabalhem, integrem-se e respeitem os outros. Isso sim é uma democracias. Mas enquanto os governos e as câmaras "auxiliarem" as minorias, sejam elas quais forem, elas quererão sempre mais e serão sempre uns coitadinhos.
Para mim, coitadinho é quem quer trabalhar e não pode. Quam trabalhou uma vida e tem uma reforma miseravel mas honesta. Se os ciganos e os africanos querem ser respeitados, que se integrem e que respeitem os vizinhos. Portugal é pequeno, mas chega para todos.
Já agora, era interessante saber porque é que as casas da Quinta da Mina estão á venda por prexos baixissimos?

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Anónimo disse...

Enquanto o Senhor Luis de Sousa não tirar de lá a ciganada, aquilo não vende mais nenhum prédio. A culpa é do Benavente que fez lá os prédios a poucos metros de um sitio que ele sabia que ia ser uma escola.
Nas próximas eleições voto na CDU.
Desculpem lá PS

Anónimo disse...

Vêm para Portugal,não trabalham,recebem subsídio de 700€ mensais,casa de borla,assistência médica gratuita,não precisam respeitar as leis que os juízes logo os mandam para casa e nós portugueses que não temos os mesmos direitos e que tudo pagamos ainda temos que fazer um esforço para os integrar. Não está mal visto!
E são minorias,imaginem quando forem maioria,porque será uma inevitabilidade para quem se reproduz a um ritmo alucinante.Era uma vez Portugal.

Anónimo disse...

Mas também não interessa nada porque vai continuar a haver telenovela e pontapés na bola.

Anónimo disse...

Enquanto os portugueses são chulados pela máfia socratina soube-se de mais um perdão de dívida.Agora o feliz contemplado foi S.Tomé e Príncipe,um Estado que recentemente encontrou uma das maiores jazidas de petróleo.
Enquanto as negociatas continuam,a carneirada continua mansa.

Anónimo disse...

Aristoteles pensou...


Caro Miguel já algum tempo que não venho ao teu blog comentar, embora de vez enquanto passe por cá para saber das novidades.

Tenho que dar-te os meus singelos parabéns por teres postado um tema interessante (embora discorde de algumas citações que aqui enuncias), pena é que não seja mais vezes para se poder reflectir mais sobre o que se passa neste pequeno rectângulo da Europa ocidental.

Antes de expressar a minha opinião, quero deixar aqui os meus sinceros e sentidos elogios a quem de bem, tem que conviver todos os dias com estes “primatas” que não sabem inserir-se no País que lhes dá acolhimento.

Passando ao comentário propriamente dito vou usar algumas transcrições do texto original (espero que não te sintas lesado nem plagiado), para poder melhor argumentar a minha opinião.

“Não é uma “guerra” nossa, mas as cenas vividas este fim-de-semana num bairro de Loures são preocupantes.”

Ora logo no inicio começa as nossas divergências sobre este assunto:

1) “Não é uma “guerra” nossa....”

sinceramente não compreendo o inicio do texto, porque utilizas uma alegoria que não corresponde á verdade, a palavra guerra destina-se a uma pátria que sente a sua soberania ameaçada por forças externas, e nunca utilizada por situações deploráveis como aquelas que todo o país assistiu, depois desculpas-nos de toda a responsabilidade do que aconteceu, então de quem é a culpa? A não ser “nossa”, porque aquilo que aconteceu deveu-se unicamente á “nossa” cumplicidade.

2) “ ...mas as cenas vividas este fim-de-semana num bairro de Loures são preocupantes.”

Ora sinceramente não vejo nada de preocupante, sinceramente estas situações são fáceis de resolver, basta que se aplique as leis vigentes deste país para que as coisas se resolvam, quando os portugueses emigram também têm que adoptar as leis vigentes nesses países, se senão já sabem o que lhes acontece, receberem um bilhete de volta á procedência, logo não vejo qualquer preocupação nestes acontecimentos, aja coragem para se aplicar as respectivas leis, mas pelos não, porque assim que foram presentes ao juiz foram logo soltos e voltaram todos sorridentes ao local onde habitam.

3) “Em Vila Franca de Xira, nomeadamente em Vialonga, os distúrbios já foram quase diários”.

Logo se vê que por Azambuja, não se conhece muito a realidade de Vialonga os distúrbios não eram quase diários, eram mesmo diários, muitas vezes “esses bons rapazes” não se contentavam em destruir o que todos nós lhes dávamos de borla, como também se faziam deslocar a outras localidades para roubarem em “pingos doces “, “jumbos”, “estações da cp”, e também nas “escolas”, ao passar-se em zonas de Vialonga vê-se as janelas dos prédios com grades protectoras, para que estes “iluminados da sociedade” não usurpem os bens dos respectivos apartamentos.

4) “Porque a comunidade olha de lado as minorias?”

aqui está uma das situações hilariantes que por aqui encontrei, sinceramente achas que é a comunidade que marginaliza estas “supostas minorias”? Por favor, deixemo-nos de sociologias e psicologias baratas, alguma vez foste a discotecas africanas? Ou a festas ciganas? Pelos vistos nunca foste, porque se não saberias aquilo a que me refiro, ou então foste mas estavas na presença de conhecidos das referidas raças, deixo também aqui 2 questões já alguma vez tiveste uma faca apontada ao pescoço por algum destes “génios da sociedade”? Já alguma vez te viste rodeado por 10 pretos a querem-te assaltar em plena luz do dia? Penso que não, por isso essa de sermos nós que os olhamos de lado estas “iluminadas minorias” não corresponde totalmente á veracidade da tua questão.

5) “Porque existe uma carga negativa associada a ciganos e africanos?”

a paródia continua com mais esta tua questão, mas posso dar-te umas dicas para poderes esclarecer mais umas das tuas duvidas, se fores frequentador da linha de Sintra podes diariamente responder a essa duvida que assola o teu imaginário, mas também podes ir mesmo em plena luz do dia á cova da moura ou então num sitio ainda mais perto que é passares á noite pela quinta da mina em Azambuja, tenho a certeza que não precisas de muito esforço para poderes responder a esta tão pertinente questão.

Podes em resposta ao que escrevo, frisar aquilo que a seguir enuncias, mas também aí existem enormes incoerências, porquanto essas famílias supostamente desfavorecidas, muito raramente, mas mesmo raramente pagam as respectivas rendas, alegando que não tem dinheiro devido ao número de bocas que têm de alimentar, logo não conseguem suportar esse encargo.

Chegando mesmo a intimidar quem os está a ajudar, para que possam ter casa de borla, mais, essas supostas famílias além de não pagarem as enormes rendas, também não pagam impostos mas democraticamente contribuem para colocar o votozinho na urna, que tanto jeito faz.

Essas famílias “supostamente desfavorecidas” pelas quais nutro imensa pena, porque não conseguem ter os meios de transporte que nós temos, porquanto a maioria se faz deslocar em Mercedes, BMW’s e outras carroças parecidas, como se viu nas imagens que passaram na televisão.

Mesmo em Azambuja é possível ver, até um cego consegue ver, depois para cúmulo, como o rendimento de 700 euros não chega para viver ainda vão vender em feiras e de porta em porta, sem efectivamente pagarem os respectivos impostos.

Para finalizar o meu comentário já extenso, só quero salientar que a culpa é nossa, nada mais, consegue-se perceber o porquê, a tua última frase é a resposta para todas as tuas dúvidas e também para as tais sociologias e psicologias baratas que nos entram diariamente pelos jornais e televisão, a qual passo a transcrever...

“Contudo as associações de defesa das minorias falaram mais alto e o autarca foi obrigado a ceder, sob pena de ser considerado xenófobo ou de perder as eleições.”

Estado Velho disse...

Caro Aristóteles.
As perguntas são isso mesmo. Perguntas para responder, reflectir e aprofundar. Foi para isso que este blogue foi construído.
"Não é uma guerra nossa" dos azambujenses por felizmente na Quinta da Mina, embora exista algumas situações tensas, nunca chegamos a esse ponto.
De resto, entendo a generalidade das suas opiniões.
Discotecas e Festas Ciganas, nunca fui, mas também não fui ao seu casamento, ao seu divórcio ou á sua festa de anos. Como se diz, em casamentos e baptizados, não vás sem ser convidado. Se calhar se me convidassem para um casamento cigano até ia. Do ponto de vista jornalístico era interessante. Quanto a discotecas africanas, não aprecio muito essa onda. Sou mais do tipo do Tito Paris ou Cesária Évora.

Anónimo disse...

Cerca de 90% da população activa residente na Quinta da Fonte beneficia do Rendimento Social de Inserção, de acordo com dados da Câmara Municipal de Loures. E muitos, apesar de pagarem rendas de 4,26 euros por mês, devem neste momento à autarquia quantias que chegam aos oito mil euros, apurou o CM junto da Divisão Municipal de Habitação. Quer isto dizer que, desde que foram alojados na freguesia da Apelação, em 1997, muitos dos que beneficiaram do Programa Especial de Realojamento nunca cumpriram com o acordado.

Fonte: Correio da Manhã

Como vêm,as Câmaras Municipais que são tão rigorosas e arrogantes no tratamento com os munícipes,são uns cordeirinhos com estes criminosos estrangeiros.
Não se iludam,eles também não pagam a água e a energia.
Lembram-se de recentemente a EDP ter anunciado que iria distribuir as verbas não cobradas por todos os consumidores?
Pois,mais uma vez paguem e calem-se porque isto é socialismo!
Experimentem agir assim que as autoridades e as companhias de água e electricidade bem vos tratam da pele e com juros de mora!
Portugueses são eles.

Anónimo disse...

Nao pagam luz, têm puxadas ilegais de TV CABO e Água.
Para alem disso os da quinta da mina, tiram as portas e usam a madeira para fogueira.
Ainda me lembro de um tiroteio em 1996 no campo da feira de azambuja entre CIGANOS. Os carros ficaram furados, as pessoas fugiram e aquilo ficou assim
Não eram de Azambuja, mas estavam cá. Os outros também não são de cá... mas estão cá...
Ha ainda um miudo de 14 anos que se farta de roubar carros. A GNR apanha-o e o juiz solta-o. No dia seguinta lá vai mais um carro para o Vale Mouro. Para quê as policias?

Anónimo disse...

Boa Noite, eu também. Estava lá. Foi assim como o tigre, mas mais perigoso. O tigre não estava armado.

lol

Anónimo disse...

Este blogue é mehor que o do Jorge Lopes... APOIADO

Anónimo disse...

O Jorge Lopes?!
Mas o que tem o Lopes a ver com o tigre?

Anónimo disse...

Ruge e morde!

Anónimo disse...

Se calhar deviam devolver o Edifício da ACISMA para o que estava préviamente destinado ou então, falar com o Sr. Daniel Claro.
Ele deve ter um bom plano para evitar que lhes roube as instalações. Quem sabe se não teríamos uma boa integração....
Anónimo por convicção.

Anónimo disse...

Não é má idéia.
O sr Claro tem a cabeça cheia daquelas trapalhadas do bloco canhoto.
Enchia-se a ACISMA de ciganos e largava-se lá o Jorge Lopes...perdão,quero dizer o tigre!

Anónimo disse...

Aristoteles responde...


Estimado administrador judicial, agradeço a amabilidade de ter lido e reflectido sobre o meu comentário, visto também ele ter na sua constituição 2 questões mas ao contrário de mim o caríssimo não me elucidou.

Concordo com o caríssimo numa coisa, as questões devem ser para reflectir, deve-se aprofundar o assunto e depois de algum esforço mental, então serem respondidas, por aí o gato não vai as filhoses.

Agora o que não concordo com o caríssimo, é como as questões são colocadas, independentemente do que pode dizer, quem ler o texto vai ficar com uma noção errada do que ocorreu, visto dar-lhe um sentido ambivalente, fazendo crer a quem lê, que eles são uns coitadinhos, e que nós somos os lobos maus, quem prima em ser jornalista não deve manipular a opinião publica, em prol daquilo que defende, deve sim dizer a verdade, mas ao colocar as questões como colocou não foi isso que deu a entender.

Anónimo disse...

Como me cita mais uma vez eu respondo

Caro Amigo.
Não quero voltar a repetir, pois isso é chato, mas relembro que este é um blogue de opiniões. O poste acima não é uma notícia, nem sequer pretende sê-lo.
É apenas um acto de reflexão. E lembro outra vez, que para além de jornalista sou cidadão e tenho direito á minha opinião.
Com isto não quero dizer que os meus textos sejam opinativos. Nos jornais onde colaboro ou na radio, nunca coloquei a minha opinião acima da verdade.

"quem ler o texto vai ficar com uma noção errada do que ocorreu, visto dar-lhe um sentido ambivalente, fazendo crer a quem lê, que eles são uns coitadinhos, e que nós somos os lobos maus, quem prima em ser jornalista não deve manipular a opinião publica, em prol daquilo que defende, deve sim dizer a verdade, mas ao colocar as questões como colocou não foi isso que deu a entender"
(…) e esta... é a sua opinião e eu respeito-a.
Obrigado, continue a participar. Isto aqui é uma democracia.

Anónimo disse...

Parece que a minoria desprotegida dos coitados dos ciganos fizeram há um tempo atrás uma remodelação da "Carruagem" e da cara do dono.
Estes ciganos são incansáveis,sempre prontos a colaborar nas renovações...

Anónimo disse...

Pois!
A grande questão que se levanta ao governo é que os ciganos são uma minoria e portanto estão em vias de extinção.Sendo assim há que tomar todas essas medidas de protecção que já foram enumeradas.
Imaginemos um Portugal sem ciganos,seria horrível! Quem se atreve a imaginar percorrer as ruas sem ser assaltado,anavalhado,as crianças sem ninguém que lhes roubasse os telemóveis,os relógios,os idosos sem os roubos por esticão,enfim um pesadelo inimaginável.
Para nos roubar e gozar ainda haveria uma possibilidade de sucedâneo,uma vez que os políticos,autarcas e outras alimárias ferozes dão-se muito bem no nosso clima,estando a proliferar de norte a sul.
Estes até se tornaram vitais para a economia nacional promovendo as indústrias dos jipes,negociatas com construtores civis,depósitos nos off-shores,vectores fundamentais da nossa clepto...digo democracia.

Anónimo disse...

Portugal inteiro há-de abrir os olhos um dia - se é que a sua cegueira não é incurável e então gritará comigo, a meu lado, a necessidade que Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado!