domingo, 29 de novembro de 2009

Alenquer _ Eleições Antecipadas


Os eleitos socialistas nas freguesias de Aldeia Gavinha e Santo Estêvão, concelho de Alenquer, demitiram-se em bloco por não haver entendimento entre as três forças políticas eleitas quanto à constituição dos executivos das juntas, anunciou hoje o PS.

“Resolvemos o impasse em duas juntas com a demissão em bloco dos eleitos do PS em Santo Estêvão e Aldeia Gavinha”, afirmou em conferência de imprensa o presidente do PS de Alenquer, João Hermínio.

Nas eleições autárquicas, o PS perdeu a maioria nas freguesias de Aldeia Gavinha, Meca e Santo Estêvão, o que levou a um impasse na constituição dos executivos das juntas por desentendimento entre as três forças políticas eleitas.

Depois da posição tida na semana passada pela coligação “Pela Nossa Terra” (PSD/CDS-PP/PPM/MPP), a CDU defendeu hoje a existência de executivos com eleitos indicados pelas três forças políticas e discordou da proposta até agora apresentada pelo PS, a de querer escolher os executivos, indicando os nomes da oposição.

“A CDU acha que as freguesias devem ser tripartidas até pelos resultados das eleições e para haver uma gestão participada”, afirmou o cabeça-de-lista à câmara, José Manuel Catarino.

Ao acusar o PS de “recusar qualquer entendimento”, José Manuel Catarino criticou o PS pelo atraso no pagamento do salário de Novembro dos cerca de vinte funcionários das três juntas de freguesia.

O presidente do PS de Alenquer adiantou que, apesar da demissão dos eleitos em Aldeia Gavinha e Santo Estêvão, o impasse mantém-se em Meca, onde perspectiva que possa haver um entendimento entre os eleitos das várias forças políticas sem ir para eleições antecipadas.

Nos casos de Aldeia Gavinha e Santo Estêvão, João Hermínio disse que a demissão vai ser comunicada ao Governo Civil de Lisboa, para posteriormente ser constituída uma comissão administrativa e dentro de seis meses serem convocadas novas eleições.

Até à constituição da comissão administrativa, os presidentes demissionários das juntas “têm competências para fazer face a despesas urgentes como os salários”, adiantou, citando um parecer pedido à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

Contactado o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, Godinho de Matos disse que existem no país cerca de “20 a 30 casos” semelhantes, após as eleições autárquicas de 11 de Outubro.
(LUSA)

Sem comentários: