domingo, 8 de agosto de 2010

OPINIÃO – Dra. Isabel Franco, Deputada Municipal do PSD

Opinião - Isabel Franco
Deputada PSD
AM Azambuja
Na sessão extraordinária da Assembleia Municipal de Azambuja, que se realizou no passado dia 20 de Julho, tive a grata tarefa de apresentar aos deputados municipais e à Câmara Municipal a posição da Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) sobre o “Plano de Austeridade” socialista recentemente aprovado.



Mais do que discutir esta ou aquela medida em concreto – o que então também fiz -, quero agora destacar as verdadeiras causas que deram origem ao famigerado “Plano de Austeridade”.



O Presidente da Câmara e os vereadores socialistas fundamentaram e fundamentam o seu Plano de Austeridade em duas razões principais:

1.ª) A aprovação pelo Governo do Plano de Estabilidade e Crescimento, que implica o congelamento de 100 milhões de euros nas transferências do Orçamento Geral do Estado para as Autarquias Locais;

2.ª) A redução significativa das receitas municipais, em particular do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) e as licenças de obras particulares, em virtude da grave situação económica do País.


Estas duas razões são insuficientes para explicar e fundamentar a aprovação de um Plano de Austeridade tão gravoso e injusto como aquele que o Presidente da Câmara e os vereadores socialistas propuseram e aprovaram.

Desde logo, porque o Plano de Austeridade do Presidente da Câmara e dos vereadores socialistas prevê uma cativação de despesa e um acréscimo de receita na ordem dos 1,3 milhões de euros. Mas, o corte previsto nas transferências para o Município de Azambuja por causa do PEC e do Governo não deverá atingir os 300 mil euros. Ou seja, o Presidente da Câmara e os vereadores socialistas pretendem com o seu Plano de Austeridade garantir uma cativação da despesa e um acréscimo de receita que possibilite um encaixe extraordinário de cerca de 1 milhão de euros!

Por outro lado, a quebra nas receitas do IMT – que também serviu e serve para justificar o Plano de Austeridade – não é uma situação nova. Na verdade, o próprio Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras de 2009 – que o Partido Socialista aprovou na Assembleia Municipal há bem pouco tempo – já revelava que só em 2009 a quebra nas receitas do IMT tinha sido de 42,8%. Mas, em 2009, o Presidente da Câmara e os vereadores socialistas não aprovaram qualquer medida de austeridade e contenção. Porque terá sido? Será porque em 2009 foi ano de eleições autárquicas? Ou será porque em 2009 foi um gastar “à tripa forra” e agora é preciso pagar a factura do eleitoralismo e da irresponsabilidade?

Como já se demonstrou, as razões invocadas pelo Presidente da Câmara e vereadores socialistas para a aprovação do Plano de Austeridade são insuficientes e não correspondem à realidade dos factos.

O que o Presidente da Câmara e os seus vereadores não dizem, mas deveriam ter a coragem de dizer, é que o Plano de Austeridade tem como objectivo corrigir as opções erradas que a maioria socialista tomou desde 2002 e que têm contribuído, paulatinamente, para a degradação da situação financeira do Município de Azambuja.

Quer se queira, quer não se queira, a opção de concessionar o sistema “em baixa” às Águas de Azambuja privou a Câmara de receitas certas, praticamente semanais, que também eram utilizadas para pagamento de vários compromissos financeiros correntes.

Quer se queira, quer não se queira, a máquina administrativa da Câmara não parou de crescer, sendo que os respectivos encargos financeiros vão continuar a aumentar todos os anos. Não é por acaso que no dia 21 de Junho deste ano, na véspera da aprovação do Plano de Austeridade, o Presidente da Câmara decidiu uma modificação ao Orçamento municipal por via da qual os encargos com pessoal foram reforçados em cerca de 200 mil euros. Não é por acaso que o Relatório de Gestão e Demonstrações Financeiras de 2009 referia que o Peso das Despesas com Pessoal nas Despesas Totais tinha crescido de 21,8% em 2002 para 30,6% em 2009.

Quer se queira, quer não se queira, no último mandato autárquico, a dívida municipal disparou. Em 2006, a Câmara devia à banca e a terceiros cerca de 12 milhões de euros. No final de 2008, a dívida praticamente tinha duplicado e atingia os 20,5 milhões de euros. Contudo, as receitas correntes foram incapazes de acompanhar a escalada da dívida. Em 2008 a dívida cresceu 72% face ao ano de 2006. Mas, as receitas correntes apenas conseguiram crescer 13%.

Em suma, o Plano de Austeridade do Presidente da Câmara e dos vereadores socialistas emerge da grave situação económico-financeira nacional, mas também resulta – e muito! – das decisões políticas que, desde 2002, têm sido tomadas pelo Presidente da Câmara e seus vereadores, com a cumplicidade silenciosa de outros autarcas socialistas.

Os erros foram dos autarcas socialistas.

A factura será paga pelas famílias, empresas, Instituições Particulares de Solidariedade Social, associações e colectividades do Concelho de Azambuja.

15 comentários:

Anónimo disse...

Isto é tudo muito bonito. Mas o PS faz o que quer... não votaram neles... eu não votei prefiro votar no BE

Rafael. Aveiras de Cima

Anónimo disse...

Ó Belocas, é como tudo na vida. Diz o ditado, mais vale um pássaro na mão que dois a voar...
Que preferia a vossa coligação??
Que o Ramos tivesse perdido os fundos comunitários todos, tivesse a conta da cãmara cheia de dinheiro e não tivesse feito nada??
Assim sempre tinham que dizer, género "ele não sabe fazer nada, bla bla bla.."
Belocas, dispeço-me com a teoria do copo meio cheio e meio vazio... para bom entendedor...
Critiquem, mas construtivamente e não só por criticar.
Boas férias.

Anónimo disse...

A Pipoca mais Doce?

Pedro Coelho disse...

Caro Anónimo,

Só por evidente distracção, falta de conhecimento ou por "desvio" partidário é que pode acusar a Coligação PELO FUTURO DA NOSSA TERRA (PSD/CDS-PP/MPT/PPM) de desenvolver uma oposição irresponsável ou do "bota-abaixo".

Temos feito uma oposição construtiva. E vamos continuar a fazê-lo. Isto significa que elogiamos quando se impõe o elogio. Criticamos quando é preciso criticar. E apresentamos propostas alternativas.

Aliás, sobre o Plano de Austeridade fomos, mais uma vez, a única força autárquica que apresentou propostas alternativas e concretas. Algumas das quais foram implementadas em câmaras socialistas (caso de Ourique) ou em câmaras PSD/CDS (por exemplo, Cascais).

Apresentámos 11 medidas concretas e realizáveis que teriam tornado o Plano de Austeridade mais justo e sério. Se as quiser conhecer clique neste link http://pelofuturo.blogspot.com/2010/07/plano-de-austeridade-do-ps-e-injusto.html

Fazer uma oposição construtiva não é branquear a História e apagar os erros que foram cometidos.

Temos consciência dos últimos resultados eleitorais. E estamos empenhados em dar o nosso melhor pelo Concelho de Azambuja e em afirmar-mo-nos como a única alternativa séria e competente a 25anos de gestão socialista.

Não contem com uma oposição populista e aos berros. Mas não esperem que sejamos cúmplices pelo silêncio.

Pedro Coelho
Presidente do PSD/Azambuja

José Martins disse...

Votei no PS ns duas últimas eleições para a câmara e para a junta.
Mas estou a ficar muito desiludido. Desde as eleições não se vê nada e o pouco que se vê é mau. É so fecharem serviços e aumentos uns atrás dos outros.
Nunca votei nos laranjas e não sei se o conseguirei fazer daqui a 2 anos.
Mas reconheço que estou a gostar da maneira como fazem oposição. Pleo que tenho lido aqui e nos jornais eles estão difererentes e mais responsáveis.
Não conheço o Pedro Coelho. Mas deixe-me dar-lhe os meus parabéns. Estou a gostar da vossa forma de estar.

José Martins - Azambuja

Anónimo disse...

Cara Linda,ONDE ESTÁS metida?

António Pinto disse...

POUPAR???
O QUE É ISSO?? QUANDO SE GASTA DESTA FORMA NA FEIRA...

Fornecimento de refeições – Feira de Maio – 17.350 €

Iluminação provisória da Feira de Maio – 8.750 €

Aquisição do serviço de aluguer, montagem e desmontagem de infra-estruturas do Campo da Feira tendas, stands, climatização e tasquinhas para Feira de Artesanato, Actividades econónicas e Praça das Freguesias - Feira de Maio 2010. – 67.995 €

Som da Feira de Maio – 9.000 €

Aquisição de espectáculo musical -Expensive Soul e Jaguar Band – 16.000 €

Aquisição de Bilhetes para Novilhada e Corrida de Touros - Feira de Maio/2010 – 38.095,24

Aquisição de espectáculo artista Herman José – 16.500€

Aquisição de espectáculo musical Feira de Maio Carminho – 8.000€

Aquisição de Serviço de audiovisuais Feira de Maio 2010 – 6.530 €

DPD/T/F02/10 Aquisição de serviço de aluguer, montagem e desmontagem de pórticos e fornecimento, impressão e aplicação de lonas - Feira de Maio 2010 – 26.435 €

Aquisição do serviço de comissariado, design e montagem de exposições do Mês da Cultura Tauromáquica – 16.806 €

Fornecimento de madeira para a Feira de Maio – 7.480 €

SÓ ISTO TOTALIZA MAIS DE 238.000 €.

MAS CHAMO A ATENÇÃO PARA OS GASTOS DESNECESSÁRIOS.
O PÓRTICO E A LONA NA ENTRADA DO CAMPO DA FEIRA CUSTA A MÓDICA QUANTIA DE 26.435 €.
A MONTAGEM DE EXPOSIÇÕES 16.806 €

Será que não passamos bem sem o pórtico e a lona e não haverá técnicos na Câmara que saibam montar exposições???

A titulo de curiosidade mais um gasto:
Fornecimento de guarda-chuvas – 5.500 €

Fonte: http://transparencia-pt.org/

Mara Gouveia disse...

Mais do que comentar o conteudo do texto que é sobretudo de uma grande demagogia, construído com grande habilidade para quem não conhece em pormenor do que se fala e de tudo o que está em jogo, surpreende-me e faz-me pena que esta senhora se preste a vir apresentar como sua opinião um texto que não é da sua autoria, corporizando assim tudo o que lhe está subjacente. Não a fazia tão manipulável. Além disso ela não é deputada do PSD mas sim da referida Coligação, justiça se faça ao CDS e ao outro partido que a compõe. Ao Presidente da Comissão Política ficaria bem que não viesse para estes locais dar erros ortográficos.

Carlos Silva disse...

Concordo com a Mara. Esta senhora é muito facilmente manipulável. É pena!

Vítor Martins disse...

Ao Presidente do PSD de Azambuja só lhe faltou acrescentar no fim: Pedro Coelho, parafraseando Jorge Lopes que foi quem escreveu o texto!!! LOL!!!! (PALHACECOS.....)

Anónimo disse...

E então já agora qual é a opinião da doutora ou da coligação sobre os gastos que alguém enumerou com a Feira de Masio?

Luís Alberto

Anónimo disse...

Pelos vistos a dra. e a coligação não comentam aquilo que não convém. A política tem destas coisas, não é meus senhores? Os pontos estratégicos ninguém lhes toca... vocês são todos iguais, para quê mudar o voto?

Luis Alberto

Carlos Silva disse...

É claro que não vão falar das despesas da Feira de Maio. Ninguém toca na Feira de maio pois pode perder votos com isso. E a doutora também deve estar à espera que a ponham na lista do PS nas próximas eleições.... lá que o tacho é bom é!

Vítor Martins disse...

A doutora não disse mais nada sobre os esclarecimentos que lhe foram pedidos....nem a coligaçao.... O Jorge Lopes ainda não teve teve de escrever essa parte...

Alexandre Correia disse...

Se a stora e a coligação não prestam os esclarecimentos pedidos sobre as opiniões expressas, para que as expressam? Ou o doutor Jorge Lopes ainda não teve tempo de escrever os esclarecimentos para a stora publicar como seus?
Baixo nível...