segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Porque será? Será do Guaraná?

Este fim-de-semana o pelouro da cultura realizou a terceira edição da feira do livro.
Foram milhares de títulos, aqueles que foram colocados á disposição dos munícipes, que os podiam adquirir pela simbólica quantia de 20 cêntimos.
E eu também lá fui ás compras. a Maioria dos livros, com mais de 30 anos, encontravam-se num estado razoável de conservação.
Mas o que me chamou a atenção foi o facto de uma larga maioria dos livros fazer parte da época pós 25 de Abril.
As teorias do comunismo, da sociedade sem capitalistas e mais justa.
As teorias de Lenine e do karl Marx do Cunhal e de outros pensadores da época.
Foram estes títulos que também, com curiosidade, me levaram a comprar a teoria do comunismo, um livro espesso e complexo, que quanto muito irei ler no fim do ano.
Contudo, não deixa de ser pertinente a pergunta:
Porque raio a maioria dos livros era sobre o comunismo. Será um sinal da maioria socialista?
Será um aviso?
Será que sim?
Será que não?
Porque será? Será do Guaraná?

1 comentário:

Anónimo disse...

Amigo blogueiro,a explicação não é exotérica,antes bastante simples.

No pós-25 de abril,o PC colocou as rotativas a todo o vapor.Era o único partido político que estava bem estruturado e capacitado a dar uma resposta à altura das circunstâncias sociais e políticas,criadas pelo Golpe de Estado de 74.

Esta estratégia viria,anos mais tarde a ser seguida pelo PS,através das suas Fundações de fachada.

Como o país pulula de ignorantes que,qual mula teimosa,se recusam a aprender uma letra e a progredir intelectualmente,sendo que esta palavra aplicada a muitos deles se torna ofensa insidiosa,torna-se evidente que o destino dessas toneladas de papel teriam como destino a precipitação em feiras de 2ª escolha ou a pura reciclagem.

O amigo encontra-os empilhados em recônditos armazéns nas autarquias,poque eram essas as quintas dos nossos inflamados revolucionários de pacotilha.

Com o advento da nova cartilha política,todos esses ferozes colectivistas afinaram o seu diapasão uns tons à direita e ei-los engravatados e emplumados,ignorantes e arrogantes como sempre,mas agora desfilando sob outro pavilhão.

Quantos aos restantes,que são a maioria,os enganados,esses nem a estatística lêm.O esforço de levar o voto à urna a cada 4 anos já é empenho sobejo.Nesse interim vão citando a voz do dono,em obediência canina.

É assim o nosso proto-país!

Asterion