Pois de facto a situação vivida na AUTOEUROPA faz lembrar parte do problema que terá levado a Opel a encerrar a fábrica em Azambuja.
Um "post" de um leitor há pouco publicado, lembra esse facto, contudo diferencia que em Azambuja a comissão de trabalhadores liderou o processo, mas em Palmela, a CT não consegue unir os trabalhadores que recusam trabalhar os sábados, sem os receber devidamente.
Estas são histórias que são muito familiares em Azambuja. Histórias que atiraram para o desemprego mais de 1000 pessoas. Histórias que acrescentaram mais um ponto à crise... histórias que se podem repetir em Palmela se não existir acordo, como aliás parece, o que pode ditar a deslocalização da empresa.
4 comentários:
Não tenham cuidado não.
É no mínimo ridiculo que por causa de 150 Euros a maioria dos trabalhadores coloquem em risco no imediato 250 postos de trabalho e numa segunda fase até mesmo a continuidade da Autoeuropa em Palmela. Pois é, basta nos recordarmos que foi assim com este tipo de posições que a Opel da Azambuja se fartou dos seus colaboradores e fechou a fábrica. Mas com uma grande diferença, é que enquanto em Azambuja foi as comissões que manipularam os trabalhadores, na Autoeuropa são os trabalhadores a não darem ouvidos à CT. Mas uma coisa é certa, independentemente de vir ou não a existir entendimento, para a Administração da VW na Alemanha a produção da Autoeuropa já está assinalada como sendo passivel de ser deslocalizada. Na Opel da Azambuja foi assim, depois de várias asneiras cometidas onde até um delegado sindical chegou ao ponto de ameaçar o vice-presidente da GME, foi o suficiente para se fartarem dos trabalhadores da Azambuja. O António Chora que chegou a apoiar e a participar em algumas manifestações promovidas pelas ORT's da Opel Azambuja, hoje tem uma postura completamente diferente.
Pois é, quando se vê que está tudo a abalar é melhor deixarmos de lado as idelogias e centrarmo-nos naquilo que faz com tenhamos pão para colocar na mesa para os nossos filhos.
É lamentável e muito triste se tudo isto não tiver um final feliz.
Pedro Miguel
Ex- empregado da Opel
Isto não são histórias no sentido literal da palavra. São factos concretos e reais que devido à cegueira e ao ódio desmedido de alguns conduziu ao encerramento antecipado da empresa.
Sim, porque o encerramento estava apenas previsto para o final de 2009 conforme foi amplamente divulgado pela comunicação social.
A intrangigência dos representandes dos trabalhadores levou a que fossem centenas de pessoas para o desemprego dois anos antes do previsto. As estes senhores por muito que se escudem em desculpas desfarrapadas serão sempre (mesmo para aqueles que erradamente os apoiaram) os que não conseguiram liderar um processo isento de qualquer interesse ideológico. A história tratará de escrever o resto.
Com estas decisões ficou a perder a ecnomia do país e da região. Só isto deveria ser motivo para retirar o sono a um grupo muito restrito de alguns lideres das comissões da Opel da Azambuja. Sim, porque é do bolso dos contribuintes que foi e ainda é pago o subsidio de desemprego aos ex-trabalhadores da Opel em Azambuja.
Foram bem elucidativas as palavras de João Proênça, dirigente da UGT, no programa "Prós e Contras", ontem à noite, quando fez sérias considerações acerca da comissão de trabalhadores da Opel da Azambuja, acusando-a de ter prestado um mau serviço aos seus colaboradres e ao país, nas negociações com a administração, ao ter feito exigências irrealistas, às quais, vieram abonar à sua deslocalização para Espanha. Espero bem, que os trabalhadores da Autoeuropa não caiam na mesma tentação, e tenham em mente um pouco mais de responsabilidade. Não é só o seu posto de trabalho que está em causa... mas, também, todo um conjunto de postos de trabalho conexos, a economia do país e o seu desenvolvimento. O querer só olhar para o seu umbigo, o egoísmo serôndio, tem piores consequencias, do que o efémero benefício de uma indemização choruda!
É curioso..... Agora parece que já todos sabem quais os reais motivos que levaram à deslocalização da empresa. Lamenta-se é que na altura própria ninguém os tenha chamado á razão e evitarem o fecho.
Cá para mim havia muitos politicos e autarcas que sabiam só que não era conveniente pronunciarem-se.
Foi mais fácil assistir-se ao enterro, porque agora pode sempre servir de arrumeso politico.
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