
Um cigarro atirado de um carro em movimento na auto-estrada do norte, poderá ter sido a causa do primeiro grande incêndio do ano que lavrou em Casais de Baixo, concelho de Azambuja. As causas ainda não estão suficientemente claras, mas segundo Pedro Cardoso comandante dos voluntários de Azambuja, essa é, até à data, a causa mais plausível tendo sido investigada até à exaustão pelas autoridades.
Uma semana depois deste incêndio, que queimou 374 hectares de floresta, ainda eram visíveis os traços de um dos fogos mais violentos nos últimos anos em Azambuja. O Vida Ribatejana teve ocasião de acompanhar Pedro Cardoso, numa volta à floresta, ou ao que resta dela.
Num primeiro olhar, deu para ver o vasto pinhal e eucaliptal completamente cinzento, sem qualquer tom de verde misturado pela paisagem. Deu também para ter a noção das dificuldades que o terreno, acidentado e sem acessos, causou aos mais de trezentos bombeiros vindos de todo o distrito de Lisboa, Santarém e Leiria.
Aos poucos, explica Pedro Cardoso ainda visivelmente emocionado, o fogo foi crescendo “tivemos projecções de 800 metros” salienta o operacional vincando o empenho onde todos que combateram este sinistro.
A nossa viagem prossegue em direcção à auto-estrada do norte, o local onde tudo começou.

Ainda era sexta-feira, dia 4, e o sinal de alarme, não fazia prever o pior. Aos poucos os bombeiros foram-se deslocando para o local sem aparentemente pensar que um simples e banal fogo como tantos outros tomaria as proporções que mais tarde se vieram a revelar.
Pouco tempo depois chegavam reforços “este é forte” gritava um popular ao Vida Ribatejana, já depois de ter estado junto dos bombeiros.